Resenha: Magnus Chase e a Espada do Verão

15:44 Unknown 0 Comments



                Depois de muito prometer, finalmente resolvi fazer a resenha desse livro. Falei em outro post sobre minhas expectativas para a saga “Magnus Chase e os Deuses de Asgard” alguns dias antes de ser definitivamente lançada, sobre o que se sabia até então e já indicando o livro só pela confiança que tenho no autor. Bom, chegou a hora de saber se eu estava certa!
                O livro começa com nosso protagonista morando na rua. Acontece que a mãe de Magnus morreu há dois anos. Seu último pedido era para que o filho não confiasse nos tios e então, não tendo para onde ir, foi parar nas ruas. Por sorte, ou não, ele fez dois amigos lá que o ajudaram a sobreviver até o dia de seu aniversário de 16 anos. É aí que tudo dá errado! Ele é procurado por seu tio, sua prima Annabeth Chase (SIM, ELA!) e, só de bônus, um gigante de fogo disposto a destruir Boston. No fim das contas Magnus acaba indo para Valhalla, o paraíso sanguinário da mitologia nórdica. E acredite, nada disso é spoiler. A história de verdade só começa a partir daí.

"Você parece o Kurt Cobain, minha mãe dizia, para me provocar - Magnus"

                Riordan, dessa vez, foi clichê e ao mesmo tempo não. Em “A Espada do Verão” ele utiliza da velha fórmula do grupo de amigos e um prazo impossível que sempre deu tão certo nos seus best sellers. A narrativa é cômica e sarcástica, sempre conversando com o leitor e tornando mais pessoal. O protagonista pouco sabe sobre a mitologia em questão, fazendo com que os acontecimentos ensinassem a ele e a nós de um jeito que nenhum livro de escola consegue. Diversos personagens tem problemas e defeitos comuns. Tudo isso você encontraria em qualquer livro do autor.
                O que você não encontra são coadjuvantes adultos nesse tal grupo de amigos, temas como moradores de rua e casamento na adolescência imposto por uma religião e, acima de tudo, tanta morte em algo destinado ao público juvenil. Além do mais Magnus não é, não tem nada haver e nem se aproxima de Percy Jackson. A construção de ambos foi totalmente diferente, a história, a personalidade, até os poderes são completamente opostos! Magnus não faz o estilo popular, filho de um dos maiores deuses e visto como o escolhido desde que pisa em Valhalla. Na verdade, nunca vi ninguém se ferrar tanto quanto ele até conseguir um pouquinho de respeito!

"Mapa da Yggdrasil, a Árvore dos Nove Mundos, lançado junto com a edição americana"

                A meu ver a mitologia nórdica foi muito bem explorada. Pelo menos para um primeiro livro. Chase viajou por vários mundos, coisa que eu realmente não esperava, criaturas famosas foram quase mais protagonistas que ele (vulgo lobo “diva” Fenrir, o da capa) e os deuses mais esperados pela maioria dos fãs tiveram participações enormes e marcantes. Todos morriam de vontade de conhecer os personagens que só vimos em filmes da Marvel pelo ponto de vista dele. Já pode mudar o nome pra “Loki e os outros Deuses de Asgard”, né tio Rick?
"Reais protagonistas da saga. Na versão de Rick, Thor é ruivo e Loki é napolitano, 3 tons de cabelo"

                Sem falar nas diversas referências! Tanto a outros livros quanto ao mundo moderno, como Doctor Who, Arrow e várias outras séries. Annabeth teve mais participações do que qualquer um esperava, sonhava e rezava. Jason Grace mais conhecido como a Bela Adormecida de “Heróis do Olimpo” também foi mencionado e eu nem faço ideia de como Magnus conhece ele. Isso só contribui na teoria de muitos sobre o autor algum dia juntas todas as suas sagas mitológicas. Até Taylor Swift, gente! Pelo visto a música dela é tão viciante para o resto dos Nove Mundos quanto para nós! Tudo isso passa um elemento ainda mais divertido pra história que poucos livros de aventura hoje em dia exploram.



                Conclusão: Sim, foi meio clichê. Sim, não superou tudo que eu imaginava e houveram até que várias decepções. Como a facilidade pra se descobrir o pai divino de Magnus até mesmo antes dele e esta era uma das minhas maiores expectativas. Sim, Riordan mais uma vez preferiu se acomodar a se desafiar na escrita. Mas, por outro lado, compensou tudo isso e muito!
                 É um livro que recomendo a qualquer um e a qualquer hora. Se você, como eu, estava com receio de ler por conta dos erros na última saga dele, só peço que dê uma chance. Se nunca leu nenhuma obra de Rick Riordan, esse pode ser um ótimo ingresso pra todo esse universo que você, com certeza, vai querer explorar mais tarde. Magnus Chase chegou para lembrar a todos porque o mundo se apaixonou por Percy Jackson e muito mais!
               O próximo título de "Deuses de Asgard" foi lançado na última página deste. “O Martelo de Thor”. Já deu pra ter uma ideia de que vai ser tão bom quanto, mas vamos falar a verdade: Que amor bizarro é esse por títulos com armas?

“A coisa mais irreal no bar era ‘Blank Space’, de Taylor Swift, tocando em alto e bom som [...]”


                É isso! Espero que tenha curtido minha primeira resenha e que ame ou odeie esse livro. Tanto faz, só conte nos comentários a sua opinião! E não se esqueça de acompanhar o blog nas redes sociais pra ficar ligado em posts novos toda semana!

Mari
Créditos
perdidanautopia
ahorademadrugar

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